terça-feira, 19 de julho de 2011

PROJETORES MULTIMÍDIA, PARA ESCOLAS PÚBLICA

Bem vindo, Arthur...!

Desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com as universidades federais de Santa Catarina e Pernambuco, o projetor Proinfo tem como público-alvo prioritário os 320 mil professores
Em 2010, começa a ser distribuído nas escolas públicas brasileiras um aparelho eletrônico de fabricação nacional para levar aplicações multimídia às salas de aula de forma descomplicada e interativa. Trata-se da fusão de computador e projetor em um único dispositivo de uso múltiplo, com conexão sem fio à internet. Desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com as universidades federais de Santa Catarina e Pernambuco, o projetor Proinfo tem como público-alvo prioritário os 320 mil professores que estão fazendo capacitação em tecnologias da informação e comunicação em todo o país. No começo de 2010 o MEC, que detém a patente, vai lançar edital para produção de 15 mil a 20 mil máquinas.
Os principais diferenciais do projetor multimídia são o baixo custo de fabricação e manutenção, a portabilidade - pesa em torno de quatro quilos -, a alta resistência e o design orientado para a demanda dos usuários. A ideia surgiu em 2007 no âmbito do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), que tem como três eixos básicos o investimento em infraestrutura, em capacitação e em conteúdos. Entre as fontes de inspiração estão o "laptop de cem dólares", iniciativa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, e a TV Pendrive, projeto do governo do Paraná para distribuir televisores com cartão de memória e pen drive na rede estadual de educação.
"Discutíamos sobre como levar os conteúdos digitais à sala de aula para torná-la mais atraente e interativa", conta o secretário de educação a distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky. "Em meia hora de conversa, o diretor de infraestrutura, José Guilherme Ribeiro, e eu criamos o conceito do projetor e em três meses foi construído na própria secretaria o primeiro protótipo, um monstrengo que chamamos de Arthur." Do "monstrengo" ao produto finalizado em 2009, houve intenso trabalho interdisciplinar de engenheiros, pedagogos e outros especialistas das universidades federais de Pernambuco (UFPE) e Santa Catarina (UFSC). Coube à Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), localizada no campus da UFSC em Florianópolis, o desafio de transformar a proposta em um produto viável.
Mais de vinte desenhos diferentes foram feitos durante a evolução do projetor multimídia. Na comparação com aparelhos fabricados em outros países, os pesquisadores concluíram que não há produto similar no mercado. Alguns se aproximam, mas custam três a quatro vezes mais caro e não foram concebidos para uso na escola. A meta estabelecida foi manter o custo em torno de R$ 2 mil para fabricação em escala industrial. Em abril, quando o MEC realizou audiência pública para apresentar o projeto, vários pesos-pesados da indústria eletroeletrônica demonstraram interesse. "Quem conseguir fabricar esse projetor com qualidade, robustez e pelo preço mais baixo possível vai ter, em contrapartida, a possibilidade de ampla difusão do produto", diz Bielschowsky. A versatilidade pode tornar o equipamento atrativo também para venda ao mercado corporativo e ao consumidor doméstico.
Em setembro, 416 projetores multimídia ficaram prontos e foram testados em escolas públicas de Florianópolis, Brasília, Manaus e Recife, para verificar os requisitos de uso. "A partir da experimentação dos professores e estudantes em diferentes contextos, algumas características foram abandonadas e várias sugestões, incorporadas", conta o diretor comercial da Fundação Certi, Laércio Aniceto Silva. Ele enfatiza que o papel dessa tecnologia é valorizar o professor como intermediador do processo de ensino e aprendizagem. Daí a importância de desenhar um equipamento adequado à realidade da sala de aula.
Em 2007 a Certi foi uma das três instituições contratadas pelo governo federal para estudar a viabilidade técnica e econômica do projeto Um Computador por Aluno, incluindo avaliações de usabilidade, teste de software, sistema operacional, cadeia de fornecimento e alternativas para produção nacional da plataforma dos computadores portáteis. Um dos laptops analisados foi o OLPC (One Laptop Per Child), idealizado pelo norte-americano Nicholas Negroponte, do MIT. Como o projeto do governo atrasou em função de dificuldades com a licitação da empresa fornecedora, Negroponte resolveu doar 2 mil OLPCs ao Brasil. Cerca de 500 devem ser testados em Florianópolis de forma integrada com o projetor multimídia.
 "Nunca no Brasil foi realizado um experimento que unisse os computadores dos alunos interagindo com um computador de professor dotado de projeção", diz Laércio Silva. "Isso possibilitará uma série de interações entre os alunos e os professores, como competições em rede e trabalhos colaborativos, dinamizando o processo de aprendizagem." Para o diretor da Certi, a experiência inédita permitirá futuras ações de governo e abrirá oportunidades para empresas de tecnologia da informação e comunicação no desenvolvimento de softwares para o segmento da educação.
 Conectividade é um dos pontos fortes do projetor Proinfo. Além de drive para CD e DVD, o projetor tem porta USB, o que facilita o uso de materiais transportados em pen drives. Outra possibilidade é utilizar a USB para transformar o projetor em um receptor de TV digital. Um aspecto importante com que os projetistas se preocuparam foi a iluminação. "Chegamos a considerar o uso da tecnologia de LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), que é promissora, mas requer escurecimento total da sala, e isso é muito difícil nas escolas públicas", explica Laércio Silva. "Decidimos adotar a lâmpada, que tem vida útil de três anos e potência suficiente para garantir projeção de qualidade em ambientes que não ficam 100% escuros.
 O projeto modular possibilita que o equipamento incorpore novas tecnologias, ampliando assim a sua vida útil. Outro diferencial é a adoção de um processo produtivo modelo, com ecodesign - integração de considerações ambientais como reciclagem, menos toxidade, redução da energia consumida e rastreabilidade. Cada projetor tem uma "impressão digital" com tecnologia RFID (sigla em inglês para identificação por radiofrequência). Isso permite saber com precisão quando e como o aparelho foi produzido, para onde está indo, e se todos os componentes estão dentro da embalagem.

Semana de Formação Pedagógica




Iniciou na segunda-feira, dia 18 de julho, a Semana de Formação Continuada promovida pela Seduc (Secretaria de Estado da Educação). A 4ª Coordenadoria Regional de Educação de Caxias do Sul que adotou como tema Deafios da Educação Hoje, realizará, duas palestras de abertura: Concepção Epistemológica e Prática Pedagógica com o Prof. Dr. Fernando Becker e Como Manter-se de Bem com a Vida e Educar Pessoas Felizes? com o Prof. Ms. Teodósio Caumo. As palestras acontecem na Vila Olímpica da UCS (Universidade de Caxias do Sul), às 14h do dia 18.
No dia 19, durante todo o dia, acontecem 34 oficinas. O NTE Caxias do Sul será responsável pelas oficinas referentes ao uso de tecnologia na educação. Confira os locais das oficinas propostas pelo NTE:
- Aprender brincado: uso de jogos pedagógicos nas séries iniciais - NTE
Uso da planilha eletrônica na formação de conceitos matemáticos - Laboratório do Instituto Cristóvão de Mendoza
Professor online: a importância de habitar ambientes virtuais - NTE e EETCS (Escola Estadual Técnica de Caxias do Sul)
Manuseio de recursos tecnlógicos: datashow, pen drive, CD, DVD, scaner e outros. - UCS
Além do envolvimento de todos os integrantes do NTE, podemos contar com os colaboradores: Charles e Everton (alunos do Instituto Cristóvão de Mendoza), Bil (estagiário da QI Informática), Bruna (aluna da UCS), das professoras Rosecler Lemos e Dalma Cruz (CRE), Juliana Bohn (EETCS) e Patrícia Bampi (Assis Mariani).
Queremos agradecer aos colobaradores pela disponibilidade de trabalhar conosco e, aos mais de 400 professores inscritos, pela confiança depositada. Esperamos que juntos, possamos ampliar a teia da aprendizagem e que esta teia, tecida colaborativamente, resulte em prol da qualidade da educação no RS.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Março


O tempo é algo que não volta atrás.
Por isso plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores...  

William Shakespeare

Dizem que o ano "inicia" em março. 
Então, vamos por mãos a obra e começar a trabalhar!
O Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer deseja um ótimo ano letivo a toda comunidade escolar!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Emoção...bate coração...

                                                         A gincana está Loca de Buena!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Você sabe?

Dúvidas e Certezas

 
 
Certezas:
 
>  A  pessoa  que nasce no Rio Grande do Sul é gaúcha.   
> O  gaúcho é acolhedor.
> O Rio Grande do Sul tem paisagens exuberantes.
> A música gaúcha  revela o sentimento de amor pelo estado e sua gente.
> O Rio Grande do Sul atrai muitos turistas. 

                                                           
 Dúvidas:
 
Quais as comidas típicas do Rio Grande do Sul?       
> Qual a vestimenta do gaúcho?
> Será que todo gaúcho tem orgulho de morar no Rio Grande do Sul?
> Quais são os símbolos gaúchos?
>  O povo gaúcho segue seu vocabulário?
 
http://sites.google.com/site/orgulhodesergaucho

Falando de História...

A história da nossa Terra
    
 
 
    A história do Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil, ou seja, a história de sua transformação em território colonizado pelo europeu, abrange um período de cerca de cinco séculos. Remonta aos tempos do descobrimento do Brasil, e transcorreu em meio a diversos conflitos externos e internos. Guilhermino César, porém, dizia que essa história "é um dos capítulos mais recentes da história brasileira", e justificadamente, pois quando no Nordeste já se cantavam missas polifônicas este estado ainda era ocupado por um punhado de povoados e estâncias portuguesas de gado no centro-litoral, e o sul-sudeste era uma "terra de ninguém" onde frequentemente incursionavam tropas espanholas mandadas por Buenos Aires, defendendo os interesses da Coroa Espanhola, o proprietário legal do estado nessa época. Mas principalmente o Rio Grande do Sul até o fim do século XVIII foi uma vasta planície virgem onde se multiplicavam os rebanhos de gado livre, com uma área de mata espessa nas serras do norte, e que era habitado na totalidade por povos indígenas. Os únicos focos de civilização e cultura européias em todo o território até o fim do século XVIII foram os Sete Povos das Missões, um brilhante grupo de reduções jesuítas fundado no noroeste. Entretanto, sendo de criação espanhola, até há pouco tempo as Missões eram vistas como que sendo um capítulo à parte, e tanto mais por não terem deixado descendência cultural direta significativa, mas em anos recentes vêm sendo assimiladas à historiografia integrada do estado.
    Desde sua origem até o início do século XX o Rio Grande do Sul foi um território conflagrado por contínuas guerras, algumas de grande violência, em parte por ter sido sempre uma fronteira, e por sua ocupação pelos portugueses ter sido ilegal, quando a partilha original da América entre os poderes ibéricos no século XV, através do Tratado de Tordesilhas, deixara o Rio Grande do Sul como posse espanhola. Mas em parte também por dissidências políticas internas.
    Na primeira metade do século XIX, após muitos conflitos e tratados, obtendo Portugal a posse definitiva das terras que hoje compõem o estado, expulsos os espanhóis e desmanteladas as reduções, e massacrados ou dispersos os índios, se estabeleceu uma sociedade claramente portuguesa, e uma economia baseada principalmente no charque e no trigo, iniciando um florescimento cultural nos maiores centros do litoral - Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. Esse crescimento contou com a contribuição de muitos imigrantes alemães e polacos, que desbravaram novas áreas e criaram culturas regionais significativas e economias prósperas, bem como com a força de muitos braços escravos. Em 1835 iniciou um dramático conflito que envolveu os gaúchos numa guerra fratricida, a Revolução Farroupilha, de caráter separatista e republicano. Finda a guerra a sociedade pôde se reestruturar. No final do século o comércio se fortaleceu, chegaram imigrantes de outras origens como italianos e judeus, e na virada para o século XX o Rio Grande do Sul havia se tornado a terceira maior economia do Brasil, com uma indústria em ascensão e uma rica classe burguesa, mas ainda era um estado dividido por rivalidades políticas, e houve mais crises sangrentas. Nessa época o Positivismo delineava o programa de governo, criando uma dinastia de políticos herdeiros de Júlio de Castilhos que governou até os anos 60 e influiu em todo o Brasil, especialmente através de Getúlio Vargas, que em sua origem fora castilhista. Depois de enfrentar muitas dificuldades no período da ditadura militar, como enfrentou todo o país, nas últimas décadas o estado vem consolidando uma economia dinâmica, ainda que bastante ligada ao setor agropecuário, e vem ganhando fama como tendo uma população politizada e educada. Ainda que existam muitos desafios a serem vencidos, melhorou sua qualidade de vida alcançando índices superiores à média nacional, projetou-se culturalmente em todo o Brasil e iniciou um processo de abertura para outros cenários em vista da globalização, enquanto que passava a prestar mais atenção às suas raízes históricas, à sua diversidade interna e ao seu ambiente natural.

Indumentária Gaúcha

Traje Indígena - 1620 à 1730
    
   
 
Índios Missioneiros: (Tapes, Gês-guaranizados): Os Missioneiros se vestiam, conforme severa moral jesuítica. Passaram a usar os calções europeus e em seguida a camisa. Usavam, ainda, uma peça de indumentária não européia, proximamente indígena, o pala bichará. Essa peça de indumentária não existia no Rio Grande do Sul antes da chegada do branco, pois os índios pré-missioneiros não teciam e nem fiavam.
 
Índios Cavaleiros: ( Mbaias, Charruas, Minuanos, Yarós..): Usavam duas peças de indumentária absolutamente originais: o "chiripá" e o "cayapi". O chiripá era uma espécie de saiaO cayapi dos minuanos era um couro de boi, inteiro e bem sovado (que se usava às costas) com o pêlo para dentro e carnal para fora, pintado de listras verticais e horizontais, em cinza e ocre. À noite, servia de cama
 
A mulher missioneira usava comumente o “tipoy”, longo vestido formado por dois panos costurados entre si, deixando apenas sem costurar duas aberturas para os braços e uma para o pescoço. Na cintura, era apertado por uma espécie de cordão, chamado “chumbé”. O chiripá era, então uma espécie de saia, constituída por um retângulo de pano enrolado da cintura até os joelhos.

 
Traje Gaúcho - 1730 à 1820
 

Patrão das Vacarias e Estancieira Gaúcha:    
    O primeiro caudilho riograndense, tinha mais dinheiro e se vestia melhor. Foi o primeiro estancieiro. Trajava-se basicamente à européia, com a braga e as ceroulas de crivo. Passou a usar também a bota de garrão de potro, invenção gauchesca típica. Igualmente o cinturão-guaiaca, o lenço de pescoço, o pala indígena, a tira de pano prendendo os cabelos, o chapéu de pança de burro.
A mulher desse rico estancieiro, usava botinas fechadas, meias brancas ou de cor, longos vestidos de seda ou veludo, mantilha, chale ou sobrepeliz, grande travessa prendendo os cabelos enrolados e o infaltável leque.

 
Peão das Vacarias e China das Vacarias:
    O traje do peão das vacarias destinava-se a proteger o usuário e a não atrapalhar a sua atividade - caçar o gado e cavalgar. Normalmente, este gaúcho só usava o chiripá primitivo e um pala enfiado na cabeça. Camisa, quando contava com uma, era de algodão branco ou riscado, sem botões, apenas com cadarços nos punhos, com gola imensa e mangas largas.
As botas mais comuns eram as de garrão-de-potro, que eram retiradas de vacas, burros e éguas.
    O peão das vacarias não era de muito luxo. Só usava ceroulas de crivo nas aglomerações urbanas. Andava mais de pernas nuas como os índios. À cabeça, usava a fita dos índios, prendendo os cabelos - que os platinos chamam "vincha" - e também o lenço, como touca, atado à nuca.
    O chapéu, quando usava, era de palha (mais comum), e de feltro, (mais raro), e talvez o de couro cru, chamado de "pança-de-burro", feito com um retalho circular da barriga do muar, moldado na cabeça de um palanque.
    A mulher vestia-se pobremente: nada mais que uma saia comprida, rodada, de cor escura e blusa clara ou desbotada com o tempo. Pés e pernas descobertas, na maioria das vezes. Por baixo, apenas usava bombachinhas, que eram as calças femininas da época.
 
Trage Gaúcho - 1820 á 1865
 
 
Gaúcho Farroupilha e Mulher Gaúcha:
    O período histórico dominado por um novo tipo de chiripá que substitui o anterior de forma de saia. Este obviamente não era adequado à equitação, mas sim a típica indumentária do pedestre, feita para o homem que anda a pé. O chiripá dessa nova fase é em forma de grande fralda, passada por entre as pernas. Este adapta-se bem ao ato de cavalgar e essa é certamente a explicação para o seu aparecimento.As botas são ainda a bota forte, comum, a bota russilhona e a bota de garrão, inteira ou de meio-pé. As longas ceroulas são enfiadas no cano da bota ou, quando por fora, mostram nas extremidades cirvos, rendas e franjas. À cintura, faixa preta e guaiaca, de uma ou duas fivelas. Camisa sem botões, de gola e mangas largas. Jaleco, de lã ou mesmo veludo, e às vezes a jaqueta, com gola e manga de casaco, terminando na cintura, fechada à frente por grandes botões ou moedas. Ao pescoço, lenço de seda, já nas cores mais populares – o branco e o      vermelho. Mas muitas vezes em outras cores e com padronagem enxadrezada. Em caso de luto – preto. Com luto aliviado, preto com “petit-pois”, carijó ou xadrez de preto e branco.  Aos ombros, pala, bichará ou poncho. À cabeça, a fita dos índios ou o lenço amarrado à pirata e, se for o caso, chapéu de feltro com aba rasteira e copa alta, ou chapéu de palha, sempre presos por barbicacho. Os cabelos do gaúcho, durante muito tempo, foram compridos, tipo índio. Havia quem os trançasse atando as pontas com fitas, o mesmo que as chinas.
    A mulher nesta época  popularizou um tipo de indumentária na base da saia  e casaquinho com discretas rendas e enfeites. Tinham as pernas cobertas com meias, salvo na intimidade do lar. Usavam cabelo solto ou trançado, para as solteiras e em coque para as senhoras. Os sapatos eram fechados e discretos. Como jóias apenas um camafeu ou broche. Ao pescoço vinha muitas vezes o fichú (triângulo de seda ou crochê, com as pontas fechados por um broche). Esse foi o traje padrão da mulher do Rio Grande do Sul nessa época.
 
 
 
 
 
Traje Gaúcho - 1965 até hoje
 
 

Gaúcho atual e Prenda Tradicionalista:
    A bombacha surgiu com os turcos e veio para o Brasil usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. Até o começo do século, usar bombachas em um baile, seria um desrespeito. O gaúcho viajava à cavalo, trajando bombachas e trazia as calças "cola fina", dobradas em baixo dos pelegos, para frisar.À cintura o fronteirista usa faixa; o serrano e planaltense dispensam a mesma e a guaiaca da Fronteira é diferente da serrana, por esta ser geralmente peluda e com coldre inteiriço.
    A camisa é de um pano só, no máximo de pano riscado. Em ambiente de maior respeito usa-se o colete, a blusa campeira ou o casaco.O lenço do pescoço é atado por um nó de oito maneiras diferentes e as cores branco e vermelho são as mais tradicionais. 
    Usa-se mais freqüentemente o chapéu de copa baixa e abas largas, podendo variar com o gosto individual do usuário, evitando sempre enfeites indiscretos no barbicacho. Por convenção social o peão não usa chapéu em locais cobertos, como por exemplo no interior de um galpão.As esporas mais utilizadas são as "chilenas", destacando-se ainda as "nazarenas".Botas, de sapataria preferencialmente pretas ou marrons.Para proteger-se da chuva e do frio usa-se o poncho ou a capa campeira e do calor o poncho-pala. Cita-se ainda o bichará como proteção contra o frio do inverno.
 
Obs:  O preto é somente usado em sinal de luto. O tirador deve ser simples, sem enfeites, curtos e com flecos compridos na Serra, de pontas arredondadas no Planalto, comprido com ou sem flecos na Campanha e de bordas retas com flecos de meio palmo na Fronteira.É vedado o uso de bombacha com túnica tipo militar, bem como chiripás por prendas por ser um traje masculino. 
 
A indumentária da prenda é regulamentada por uma tese de autoria de Luiz Celso Gomes Yarup, que foi aprovada no 34º. Congresso Tradicionalista Gaúcho, em Caçapava do Sul:
01 - O vestido deverá ser, preferencialmente, de uma peça, com barra da saia no peito do pé;
02 - A quantidade de passa-fitas, apliques, babados e rendas é livre;
03 - O vestido pode ser de tecido estampado ou liso, sendo facultado o uso de tecidos sintéticos com estamparia miúda ou "petit-pois";
04 - Vedado o decote;
05 - Saia de armar: quantidade livre (sem exageros);
06 - Obrigatório o uso de bombachinhas, rendadas ou não, cujo comprimento deverá atingir a altura do joelho;
07 - Mangas até os cotovelos, três quartos ou até os pulsos;
08 - Facultativo o uso de lenço com pontas cruzadas sobre o peito, também facultado o uso do fichu de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, ou ainda do chale;
09 - Meias longas brancas ou coloridas, não transparentes;
10 - Sapato com salto 5 (cinco), ou meio salto, que abotoe do lado de fora, por uma tira que passa sobre o peito do pé;
11 - Cabelo solto ou em trança (única ou dupla), com flores ou fitas;
12 - Facultado o uso de brincos de argola de metal. Vedados os de fantasia ou de plásticos;
13 - Vedado o uso de colares;
14 - Permitido o uso de pulseiras de aro de qualquer metal. Não aceitas as pulseiras de plástico;
15 - Permitido o uso de um anel de metal em cada mão. Vedados os de fantasia;
16 - É permitido o uso discreto de maquiagem facial, sem batons roxos, sombras coloridas, delineadores em demasia;
17 - Vedado o uso de relógios de pulso e de luvas;
18 - Livre a criação dos vestidos, quanto a cores, padrões e silhuetas, dentro dos parâmetros acima enumerados.
 
 

 
Referências:
 
http://www.vivernocampo.com.br/tradicoes/indumentaria2.htm
http://www.sougaucho.com.br/gaucho/traje1965_atehoje.htm