sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Emoção...bate coração...

                                                         A gincana está Loca de Buena!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Você sabe?

Dúvidas e Certezas

 
 
Certezas:
 
>  A  pessoa  que nasce no Rio Grande do Sul é gaúcha.   
> O  gaúcho é acolhedor.
> O Rio Grande do Sul tem paisagens exuberantes.
> A música gaúcha  revela o sentimento de amor pelo estado e sua gente.
> O Rio Grande do Sul atrai muitos turistas. 

                                                           
 Dúvidas:
 
Quais as comidas típicas do Rio Grande do Sul?       
> Qual a vestimenta do gaúcho?
> Será que todo gaúcho tem orgulho de morar no Rio Grande do Sul?
> Quais são os símbolos gaúchos?
>  O povo gaúcho segue seu vocabulário?
 
http://sites.google.com/site/orgulhodesergaucho

Falando de História...

A história da nossa Terra
    
 
 
    A história do Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil, ou seja, a história de sua transformação em território colonizado pelo europeu, abrange um período de cerca de cinco séculos. Remonta aos tempos do descobrimento do Brasil, e transcorreu em meio a diversos conflitos externos e internos. Guilhermino César, porém, dizia que essa história "é um dos capítulos mais recentes da história brasileira", e justificadamente, pois quando no Nordeste já se cantavam missas polifônicas este estado ainda era ocupado por um punhado de povoados e estâncias portuguesas de gado no centro-litoral, e o sul-sudeste era uma "terra de ninguém" onde frequentemente incursionavam tropas espanholas mandadas por Buenos Aires, defendendo os interesses da Coroa Espanhola, o proprietário legal do estado nessa época. Mas principalmente o Rio Grande do Sul até o fim do século XVIII foi uma vasta planície virgem onde se multiplicavam os rebanhos de gado livre, com uma área de mata espessa nas serras do norte, e que era habitado na totalidade por povos indígenas. Os únicos focos de civilização e cultura européias em todo o território até o fim do século XVIII foram os Sete Povos das Missões, um brilhante grupo de reduções jesuítas fundado no noroeste. Entretanto, sendo de criação espanhola, até há pouco tempo as Missões eram vistas como que sendo um capítulo à parte, e tanto mais por não terem deixado descendência cultural direta significativa, mas em anos recentes vêm sendo assimiladas à historiografia integrada do estado.
    Desde sua origem até o início do século XX o Rio Grande do Sul foi um território conflagrado por contínuas guerras, algumas de grande violência, em parte por ter sido sempre uma fronteira, e por sua ocupação pelos portugueses ter sido ilegal, quando a partilha original da América entre os poderes ibéricos no século XV, através do Tratado de Tordesilhas, deixara o Rio Grande do Sul como posse espanhola. Mas em parte também por dissidências políticas internas.
    Na primeira metade do século XIX, após muitos conflitos e tratados, obtendo Portugal a posse definitiva das terras que hoje compõem o estado, expulsos os espanhóis e desmanteladas as reduções, e massacrados ou dispersos os índios, se estabeleceu uma sociedade claramente portuguesa, e uma economia baseada principalmente no charque e no trigo, iniciando um florescimento cultural nos maiores centros do litoral - Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. Esse crescimento contou com a contribuição de muitos imigrantes alemães e polacos, que desbravaram novas áreas e criaram culturas regionais significativas e economias prósperas, bem como com a força de muitos braços escravos. Em 1835 iniciou um dramático conflito que envolveu os gaúchos numa guerra fratricida, a Revolução Farroupilha, de caráter separatista e republicano. Finda a guerra a sociedade pôde se reestruturar. No final do século o comércio se fortaleceu, chegaram imigrantes de outras origens como italianos e judeus, e na virada para o século XX o Rio Grande do Sul havia se tornado a terceira maior economia do Brasil, com uma indústria em ascensão e uma rica classe burguesa, mas ainda era um estado dividido por rivalidades políticas, e houve mais crises sangrentas. Nessa época o Positivismo delineava o programa de governo, criando uma dinastia de políticos herdeiros de Júlio de Castilhos que governou até os anos 60 e influiu em todo o Brasil, especialmente através de Getúlio Vargas, que em sua origem fora castilhista. Depois de enfrentar muitas dificuldades no período da ditadura militar, como enfrentou todo o país, nas últimas décadas o estado vem consolidando uma economia dinâmica, ainda que bastante ligada ao setor agropecuário, e vem ganhando fama como tendo uma população politizada e educada. Ainda que existam muitos desafios a serem vencidos, melhorou sua qualidade de vida alcançando índices superiores à média nacional, projetou-se culturalmente em todo o Brasil e iniciou um processo de abertura para outros cenários em vista da globalização, enquanto que passava a prestar mais atenção às suas raízes históricas, à sua diversidade interna e ao seu ambiente natural.

Indumentária Gaúcha

Traje Indígena - 1620 à 1730
    
   
 
Índios Missioneiros: (Tapes, Gês-guaranizados): Os Missioneiros se vestiam, conforme severa moral jesuítica. Passaram a usar os calções europeus e em seguida a camisa. Usavam, ainda, uma peça de indumentária não européia, proximamente indígena, o pala bichará. Essa peça de indumentária não existia no Rio Grande do Sul antes da chegada do branco, pois os índios pré-missioneiros não teciam e nem fiavam.
 
Índios Cavaleiros: ( Mbaias, Charruas, Minuanos, Yarós..): Usavam duas peças de indumentária absolutamente originais: o "chiripá" e o "cayapi". O chiripá era uma espécie de saiaO cayapi dos minuanos era um couro de boi, inteiro e bem sovado (que se usava às costas) com o pêlo para dentro e carnal para fora, pintado de listras verticais e horizontais, em cinza e ocre. À noite, servia de cama
 
A mulher missioneira usava comumente o “tipoy”, longo vestido formado por dois panos costurados entre si, deixando apenas sem costurar duas aberturas para os braços e uma para o pescoço. Na cintura, era apertado por uma espécie de cordão, chamado “chumbé”. O chiripá era, então uma espécie de saia, constituída por um retângulo de pano enrolado da cintura até os joelhos.

 
Traje Gaúcho - 1730 à 1820
 

Patrão das Vacarias e Estancieira Gaúcha:    
    O primeiro caudilho riograndense, tinha mais dinheiro e se vestia melhor. Foi o primeiro estancieiro. Trajava-se basicamente à européia, com a braga e as ceroulas de crivo. Passou a usar também a bota de garrão de potro, invenção gauchesca típica. Igualmente o cinturão-guaiaca, o lenço de pescoço, o pala indígena, a tira de pano prendendo os cabelos, o chapéu de pança de burro.
A mulher desse rico estancieiro, usava botinas fechadas, meias brancas ou de cor, longos vestidos de seda ou veludo, mantilha, chale ou sobrepeliz, grande travessa prendendo os cabelos enrolados e o infaltável leque.

 
Peão das Vacarias e China das Vacarias:
    O traje do peão das vacarias destinava-se a proteger o usuário e a não atrapalhar a sua atividade - caçar o gado e cavalgar. Normalmente, este gaúcho só usava o chiripá primitivo e um pala enfiado na cabeça. Camisa, quando contava com uma, era de algodão branco ou riscado, sem botões, apenas com cadarços nos punhos, com gola imensa e mangas largas.
As botas mais comuns eram as de garrão-de-potro, que eram retiradas de vacas, burros e éguas.
    O peão das vacarias não era de muito luxo. Só usava ceroulas de crivo nas aglomerações urbanas. Andava mais de pernas nuas como os índios. À cabeça, usava a fita dos índios, prendendo os cabelos - que os platinos chamam "vincha" - e também o lenço, como touca, atado à nuca.
    O chapéu, quando usava, era de palha (mais comum), e de feltro, (mais raro), e talvez o de couro cru, chamado de "pança-de-burro", feito com um retalho circular da barriga do muar, moldado na cabeça de um palanque.
    A mulher vestia-se pobremente: nada mais que uma saia comprida, rodada, de cor escura e blusa clara ou desbotada com o tempo. Pés e pernas descobertas, na maioria das vezes. Por baixo, apenas usava bombachinhas, que eram as calças femininas da época.
 
Trage Gaúcho - 1820 á 1865
 
 
Gaúcho Farroupilha e Mulher Gaúcha:
    O período histórico dominado por um novo tipo de chiripá que substitui o anterior de forma de saia. Este obviamente não era adequado à equitação, mas sim a típica indumentária do pedestre, feita para o homem que anda a pé. O chiripá dessa nova fase é em forma de grande fralda, passada por entre as pernas. Este adapta-se bem ao ato de cavalgar e essa é certamente a explicação para o seu aparecimento.As botas são ainda a bota forte, comum, a bota russilhona e a bota de garrão, inteira ou de meio-pé. As longas ceroulas são enfiadas no cano da bota ou, quando por fora, mostram nas extremidades cirvos, rendas e franjas. À cintura, faixa preta e guaiaca, de uma ou duas fivelas. Camisa sem botões, de gola e mangas largas. Jaleco, de lã ou mesmo veludo, e às vezes a jaqueta, com gola e manga de casaco, terminando na cintura, fechada à frente por grandes botões ou moedas. Ao pescoço, lenço de seda, já nas cores mais populares – o branco e o      vermelho. Mas muitas vezes em outras cores e com padronagem enxadrezada. Em caso de luto – preto. Com luto aliviado, preto com “petit-pois”, carijó ou xadrez de preto e branco.  Aos ombros, pala, bichará ou poncho. À cabeça, a fita dos índios ou o lenço amarrado à pirata e, se for o caso, chapéu de feltro com aba rasteira e copa alta, ou chapéu de palha, sempre presos por barbicacho. Os cabelos do gaúcho, durante muito tempo, foram compridos, tipo índio. Havia quem os trançasse atando as pontas com fitas, o mesmo que as chinas.
    A mulher nesta época  popularizou um tipo de indumentária na base da saia  e casaquinho com discretas rendas e enfeites. Tinham as pernas cobertas com meias, salvo na intimidade do lar. Usavam cabelo solto ou trançado, para as solteiras e em coque para as senhoras. Os sapatos eram fechados e discretos. Como jóias apenas um camafeu ou broche. Ao pescoço vinha muitas vezes o fichú (triângulo de seda ou crochê, com as pontas fechados por um broche). Esse foi o traje padrão da mulher do Rio Grande do Sul nessa época.
 
 
 
 
 
Traje Gaúcho - 1965 até hoje
 
 

Gaúcho atual e Prenda Tradicionalista:
    A bombacha surgiu com os turcos e veio para o Brasil usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. Até o começo do século, usar bombachas em um baile, seria um desrespeito. O gaúcho viajava à cavalo, trajando bombachas e trazia as calças "cola fina", dobradas em baixo dos pelegos, para frisar.À cintura o fronteirista usa faixa; o serrano e planaltense dispensam a mesma e a guaiaca da Fronteira é diferente da serrana, por esta ser geralmente peluda e com coldre inteiriço.
    A camisa é de um pano só, no máximo de pano riscado. Em ambiente de maior respeito usa-se o colete, a blusa campeira ou o casaco.O lenço do pescoço é atado por um nó de oito maneiras diferentes e as cores branco e vermelho são as mais tradicionais. 
    Usa-se mais freqüentemente o chapéu de copa baixa e abas largas, podendo variar com o gosto individual do usuário, evitando sempre enfeites indiscretos no barbicacho. Por convenção social o peão não usa chapéu em locais cobertos, como por exemplo no interior de um galpão.As esporas mais utilizadas são as "chilenas", destacando-se ainda as "nazarenas".Botas, de sapataria preferencialmente pretas ou marrons.Para proteger-se da chuva e do frio usa-se o poncho ou a capa campeira e do calor o poncho-pala. Cita-se ainda o bichará como proteção contra o frio do inverno.
 
Obs:  O preto é somente usado em sinal de luto. O tirador deve ser simples, sem enfeites, curtos e com flecos compridos na Serra, de pontas arredondadas no Planalto, comprido com ou sem flecos na Campanha e de bordas retas com flecos de meio palmo na Fronteira.É vedado o uso de bombacha com túnica tipo militar, bem como chiripás por prendas por ser um traje masculino. 
 
A indumentária da prenda é regulamentada por uma tese de autoria de Luiz Celso Gomes Yarup, que foi aprovada no 34º. Congresso Tradicionalista Gaúcho, em Caçapava do Sul:
01 - O vestido deverá ser, preferencialmente, de uma peça, com barra da saia no peito do pé;
02 - A quantidade de passa-fitas, apliques, babados e rendas é livre;
03 - O vestido pode ser de tecido estampado ou liso, sendo facultado o uso de tecidos sintéticos com estamparia miúda ou "petit-pois";
04 - Vedado o decote;
05 - Saia de armar: quantidade livre (sem exageros);
06 - Obrigatório o uso de bombachinhas, rendadas ou não, cujo comprimento deverá atingir a altura do joelho;
07 - Mangas até os cotovelos, três quartos ou até os pulsos;
08 - Facultativo o uso de lenço com pontas cruzadas sobre o peito, também facultado o uso do fichu de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, ou ainda do chale;
09 - Meias longas brancas ou coloridas, não transparentes;
10 - Sapato com salto 5 (cinco), ou meio salto, que abotoe do lado de fora, por uma tira que passa sobre o peito do pé;
11 - Cabelo solto ou em trança (única ou dupla), com flores ou fitas;
12 - Facultado o uso de brincos de argola de metal. Vedados os de fantasia ou de plásticos;
13 - Vedado o uso de colares;
14 - Permitido o uso de pulseiras de aro de qualquer metal. Não aceitas as pulseiras de plástico;
15 - Permitido o uso de um anel de metal em cada mão. Vedados os de fantasia;
16 - É permitido o uso discreto de maquiagem facial, sem batons roxos, sombras coloridas, delineadores em demasia;
17 - Vedado o uso de relógios de pulso e de luvas;
18 - Livre a criação dos vestidos, quanto a cores, padrões e silhuetas, dentro dos parâmetros acima enumerados.
 
 

 
Referências:
 
http://www.vivernocampo.com.br/tradicoes/indumentaria2.htm
http://www.sougaucho.com.br/gaucho/traje1965_atehoje.htm

Personalidades

    Agora, saberemos um pouco sobre a vida de algumas personalidades que deixaram sua marca na história do Rio Grande:
 
 
Anita Garibaldi (1821-1849)
 
 
    Heroína brasileira, nasceu em Morrinhos, SC, então município de Laguna, em 30 de agosto de 1821, filha de Bento Ribeiro de Silva e Maria Antônia de Jesus Antunes. Faleceu na Itália no dia 4 de agosto de 1849. Embora os pais de Anita fossem pobres, deram-lhe excelente educação. Casou-se em Laguna no ano de 1835 com Manuel Duarte de Aguiar. Quando surgiu a Revolução Farroupilha, deixou o seu marido e ligou-se a Giuseppe Garibaldi que a unira ao movimento.
    Deu o seu primeiro tiro de canhão, na Batalha de Laguna. Devido a oposição dos pais, Garibaldi raptou-a, indo regularizar o casamento em 26 de março de 1842, no Uruguai. Tornou-se uma companheira destemida do esposo, participando em seus combates, lutou pela unificação e libertação de Itália. Mais tarde viu-se sitiada pelas forças legalistas, conseguindo fugir. Nasceu o seu primeiro filho no dia 16 de setembro de 1840.
    Em 1847 Anita seguiu para a Itália levando seus três filhos. Reuniu-se a Garibaldi pouco depois em Nice. Tomou parte dos combates de Roma; os amotinadores foram obrigados a se retirarem em barcos de pesca, os quais a maior parte caiu em poder dos Austríacos. Porém o que conduzia o casal encalhou numa praia. Anita e Giuseppe com alguns companheiros abrigaram-se numa propriedade rural nas proximidades de Ravena. Anita teve o seu estado sensivelmente agravado pela febre tifóide, durante os combates em Roma, vindo a falecer antes de completar trinta anos de idade. Em sua memória ergueram vários monumentos no Brasil e na Itália. Seu nome de solteira: Ana Maria de Jesus Ribeiro.
 
 
Coronel Bento Gonçalves da Silva (1788-1849)
 
 
    Guerreiro durante a maior parte de sua vida, Bento Gonçalves da Silva morreu na cama. Maçom e defensor de idéias liberais, pelas quais lutou durante os quase dez anos da Revolução Farroupilha, viu, ao final de seu esforço, a vitória do poder central. Presidente da uma república, viveu a maior parte de sua vida em um Império.
    Bento Gonçalves da Silva nasceu em Triunfo, em 1788, filho de alferes. Cedo, porém, saiu de sua terra. Em 1812 foi para Serro Largo, na Banda Oriental (Uruguai), onde se estabeleceu com uma casa de negócios. Dois anos depois estava casado, com Caetana Joana Francisca Garcia. Algumas versões afirmam que, em 1811, antes de se fixar na Banda Oriental, participou do exército pacificador de D. Diego de Souza, que atuou naquela região. Essa informação, entretanto, é discutida.
    Mas, se não foi em 1811, em 1818 com certeza começou a sua atuação militar, quando participou da campanha do Uruguai (que culminaria com a anexação formal daquele país ao Brasil, em 1821, como Província Cisplatina). Aos poucos, devido à sua habilidade militar, ascendeu de posto, chegando a coronel em 1828, quando foi nomeado comandante do Quarto Regimento de Cavalaria de 1a. linha, estabelecido em Jaguarão. Passou a exercer também os postos de comandante da fronteira e da Guarda Nacional naquela região.
    Provavelmente já era maçom nessa época, pois consta que organizou várias lojas maçônicas em cidades da fronteira. É certo, contudo, que sua influência política já era grande, pois o posto de comandante da Guarda Nacional era um cargo eminentemente político.
    Em 1832 Bento foi indicado para um dos postos de maior influência que havia na província, o de comandante da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul. Isto lhe dava uma posição estratégica, que soube utilizar quando da Revolução Farroupilha: sob seu comando estavam todos os corpos da Guarda Nacional, força especial que havia sido criada em 1832 e cujo oficialato era sempre composto por membros das elites de cada região.
    Esse cargo de confiança, entretanto, não impediu que Bento continuasse dando apoio aos seus amigos uruguaios. Foi por isto que, em 1833, foi denunciado como desobediente e protetor do caudilho uruguaio Lavalleja, pelo mesmo homem que o havia indicado para o posto de comandante da Guarda Nacional, o marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, comandante de Armas da Província.
    Chamado ao Rio de Janeiro para se explicar, Bento saiu vitorioso do episódio: não voltou para a província como comandante de fronteira, mas conseguiu do regente padre Feijó - que também defendia idéias liberais - a nomeação do novo presidente da Província, Antonio Rodrigues Fernandes Braga, o mesmo homem que iria derrubar, em 1835, quando deu início à Revolução.
    De volta ao Rio Grande, continuou a defender suas idéias liberais, à medida que se afastava de Braga, denunciado pelos farrapos como prepotente e arbitrário. Eleito para a primeira Assembléia Legislativa da província, que se instalou em abril de 1835, foi apontado, logo na fala de abertura, como um dos deputados que planejava um golpe separatista, que pretendia desligar o Rio Grande do Brasil.
    A partir desse momento, a situação política na província se deteriorou. As acusações mútuas entre liberais e conservadores eram feitas pelos jornais, as sessões da Assembléia eram tumultuadas. Enquanto isto, Bento Gonçalves articulava o golpe que teve lugar no dia 19 de setembro.
    No dia 21, Bento Gonçalves entrou em Porto Alegre. Permaneceu na cidade por pouco tempo, deixando-a para comandar as tropas revolucionárias em operação na província. Exerceu esse comando até dois de outubro de 1836, quando foi preso no combate da ilha do Fanfa (em Triunfo), junto com outros líderes farrapos. Foi então enviado para a prisão de Santa Cruz e mais tarde para a fortaleza de Lage, no Rio de Janeiro, onde chegou a tentar uma fuga, da qual desistiu porque seu companheiro de cela, o também farrapo Pedro Boticário, era muito gordo, e não conseguiu passar pela janela. Transferiram-no então para o forte do Mar, em Salvador. Mesmo preso, sua influência no movimento farroupilha continuou, pois foi eleito presidente da República Rio-Grandense em 6 de novembro de 1836.
    Mas, além do apoio farroupilha, Bento contava com o da Maçonaria, de que fazia parte. Essa organização iria lhe facilitar a fuga da prisão, em setembro de 1837. Fingindo que ia tomar um banho de mar, Bento começou a nadar em frente ao forte até que, aproveitando um descuido de seus guardas, fugiu - a nado - em direção a um barco que estava à sua espera.
    Em novembro ele regressou ao Rio Grande, tendo chegado a Piratini, a então capital farroupilha, em dezembro, quando tomou posse do cargo para o qual havia sido eleito. Imediatamente, passou a presidência ao seu vice, José Mariano de Mattos, para poder comandar o exército farroupilha.
    A partir de então, sua vida seriam os combates e campanhas, embora se mantivesse como presidente. Em 1843, entretanto, resolveu renunciar ao cargo, desgostoso com as divergências que começavam a surgir entre os farrapos. Passou a presidência a José Gomes de Vasconcelos Jardim, e o comando do exército a David Canabarro, assumindo apenas um comando de tropas.
    As divisões entre os revolucionários terminaram por resultar em um desagradável episódio. Informado que Onofre Pires, um outro líder farrapo, fazia-lhe acusações, dizendo inclusive que era ladrão, Bento o desafiou para um duelo, no início de 1844. Onofre Pires foi ferido, e morreu dias depois devido a uma gangrena.
    Embora tenha iniciado as negociações de paz com Caxias, em agosto de 1844, Bento não iria concluí-las. O clima de divisão entre os farrapos continuava, e ele foi afastado das negociações pelo grupo que se lhe opunha. Desligou-se, então, definitivamente da vida pública. Passou os dois anos seguintes em sua estância, no Cristal e, já doente, foi em 1847 para a casa de José Gomes de Vasconcelos Jardim, onde morreu, de pleurisia, em julho daquele ano.
 
 
Coronel Onofre Pires da Silveira Canto (1799-1844)
 
    Combateu com o Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre pela Integridade do Rio Grande do Sul, nas guerras contra Artigas - em 1816 e 1821 -, e pela do Brasil, na Guerra Cisplatina (1825-28).
    Na Revolução Farroupilha foi dos mais ativos e atuantes coronéis. Coube-lhe comandar as forças que deram inicio à Revolução Farroupilha na noite de 19 de setembro de 1835, com o vitorioso encontro da Ponte da Azenha que criou condições para a conquista de Porto Alegre, em 20 de setembro de 1835, com a entrada nela do lider politico-militar da revolução, e seu primo, coronel Bento Gonçalves da Silva.
    Quis o destino que Onofre Pires viesse a morrer, em 3 de março de 1844 - há um ano do término da Revolução - vítima de um ferimento no antebraço direito que recebeu de Bento Gonçalves, durante o duelo que travaram no Acampamento do Exército, nas margens do rio Sarandi, a 27 de fevereiro de 1844, em Santana do Livramento.
 
 
General Antônio de Souza Netto (1803-1866)
 
   
    O General Netto prestou assinalados serviços à Integridade e a Soberania do Brasil nas guerras da Cisplatina 1825-28, contra Aguirre 1864 e da Tríplice Aliança contra o Paraguai, de 1865-66. Na Guerra do Paraguai, no comando de uma Brigada de Cavalaria Ligeira de Voluntários, fazendo a vanguarda do Exército Brasileiro, ao comando de Osório, de Uruguaiana até Tuiuti.
    Foi dos primeiros, junto com o General Osório a pisar no solo adversário, em Passo do Rosário, em 16 de abril de 1866.
    Em 24 de maio de 1866, por ocasião da batalha de Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul, desempenhou com seus cavalarianos montando cavalos amilhados, importante função tática em Potrero Pires, de grande significação para aquela vitória de nossas armas ao conter uma tentativa de envolvimento de nosso Exército.
    Na Revolução Farroupilha, foi a segunda figura militar, depois de seu grande amigo, o general Bento Gonçalves.
Iniciando a Revolução em 1835 como capitão da Guarda Nacional ascendeu, por seu valor e liderança, ao posto de general da República pela qual lutou como ninguém e sem descanso, do primeiro ao último dia, ou até a Paz de Ponche Verde que referendou, após o que foi residir no Uruguai, por ser o Império incompatível com o seu ideal.
    Foi o maior cavaleiro e tornou-se o maior líder de combate da Cavalaria da República Rio Grandense. Comandou a Brigada Liberal integrada por filhos dos atuais municípios de Piratini, Canguçu, Pedro Osório, Pinheiro Machado e Bagé, até o Pirai, no combate de Seival, de 10 de setembro de 1836, o maior feito das armas dos republicanos, que criou condições para ele proclamar a República Rio- Grandense, em 11 de setembro de 1836. Em Seival recebeu o reforço do Corpo de Lanceiros Negros recém criado.
    Seival foi um fato auspicioso que reacendeu a chama da esperança, num período extremamente adverso à Revolução Farroupilha, assinalado por derrotas frustrantes e a prisão de Bento Gonçalves, na ilha de Fanfa, em 4 de outubro de 1836, por Bento Manuel Ribeiro.
    Netto desempenhou por largo tempo, até a fuga de Bento Gonçalves da Bahia, as funções de Comandante- em- Chefe do Exército interino . E , com retorno de Bento, à liderança da Revolução as funções de Chefe do Estado- Maior do Exército da República Rio- Grandense.
 
 
General David Martins Canabarro (1796-1867)
 
 
    David Canabarro nasceu em Taquari, província do Rio Grande do Sul, em 22 de agosto de 1796, foi militar brasileiro.
    Seu nome de batismo é David José Martins, posteriormente mudou o nome, passando a se chamar David Canabarro, nome com o qual fez parte da história do Brasil e especialmente do Rio Grande do Sul, ao defender os interesses gaúchos participando da Revolução Farroupilha.
    Inicia sua vida militar na Campanha Cisplatina, em 1811. O irmão mais velho de David, Silvério, era quem deveria ir à Campanha, porém como esse era um auxiliar importante para o pai nas atividades campeiras, faria muita falta. David percebendo o fato, solicitou licença ao pai para ir em lugar do irmão, estava na época com 15 anos de idade.
    David se apresenta às forças do nobre Dom Diogo de Sousa. Quando a campanha acaba, retorna ao lar, mas volta em seguida ao combate, para Artigas (1816-1820).
Soldado combatente e bravo alcança o cargo de alferes, cargo que na época era distinto e excepcional.
    Nos anos que se seguem Canabarro vive em guerras, onde sua coragem e bravura sempre são destaque.
Participou da batalha de Itauzinho, lutando contra os cavaleiros de Lavaleja, em favor da Independência do Uruguai.
    Volta às atividades agrárias até 11 de setembro de 1835, quando é estendida por Antonio Neto a proclamação da liberdade à Província de São Pedro do Sul.
Até o final de 1836,usava ainda o seu nome de batismo, a partir de 1837, já conhecido por todos como David Canabarro, oficializa o nome com o qual entrou na História.
    Até 1845 é um dos chefes do exercito revoltoso, lutando na Guerra de Farrapos, guerra essa que formou a Republica Riograndense.
Posteriormente passa a combater ao lado de Giuseppe Garibaldi, outro grande nome da Guerra dos Farrapos.
    O sucesso das forças Farroupilhas força a retirada dos soldados do general Soares de Andréa e na terrível investida do exército de Caxias. Canabarro está no alto posto de chefe.
    No posto de chefe Canabarro enfrenta os combates de ponche Verde e Porongos. Mesmo derrotado consegue uma paz honrosa, mantendo todos os oficiais revolucionários em seus postos.
    De 1851 a 1852 realiza a campanha Platina contra Oribe e Rosas, dirige também as operações contra o exercito paraguaio na fronteira do Uruguai.
    Recebe a condecoração de Caxias de coronel comandante da 4ª divisão da campanha.
    Falece em 12 de outubro de 1967 na sua estância de Santana do Livramento, seu nome está incluído entre os mais bravos da Pátria.
 
 
Giuseppe Garibaldi (1807-1882)
 
 
    Político e militar revolucionário italiano nascido em Nice(4/7/1807), na época pertencente à Itália, em uma família de pescadores. Começa trabalhando como marinheiro e, entre 1833 e 1834, serve na Marinha do rei do Piemonte. Ali, sofre influências de Giuseppe Mazzini, líder do Risorgimento, movimento nacionalista de unificação da Itália, na época dividida em vários Estados absolutistas. Em 1834 lidera uma conspiração em Gênova, com o apoio de Mazzini. Derrotado, é obrigado a exilar-se em Marselha (1834), de lá partiu para o Rio de Janeiro, chegando (1835) e, em 1836, para o Rio Grande do Sul, onde luta ao lado dos farroupilhas na Revolta dos Farrapos e se torna mestre em guerrilha.Três anos depois, vai para Santa Catarina auxiliar os farroupilhas a conquistar Laguna. Lá conhece Ana Maria Ribeiro da Silva, conhecida como Anita Garibaldi, que deixa o marido para segui-lo.Anita destacou-se por sua bravura participando ao lado dele das campanhas no Brasil, no Uruguai e na Europa. Dirigiu as defesas de Montevidéu (1841) contra as incursões de Oribe, ex-presidente da República, então a serviço de Rosas, o ditador da Argentina. Voltou à Itália (1847) e integrou-se às tropas do papa e do rei Carlos Alberto. Regressou à Itália (1848) para lutar pela independência de seu país contra os austríacos. Derrotado, perseguido e preso, perdeu também a companheira Anita (1849), morta em batalha. Refugiou-se por cinco anos nos Estados Unidos e depois no Peru, até voltar à Europa (1854). Numa nova guerra contra a Áustria (1859), assumiu o posto de major-general e dirigiu a campanha que terminou com a anexação da Lombardia pelo Piemonte. Comandou célebres camisas vermelhas (1860-1861) que utilizando táticas de guerrilha aprendidas na América do Sul, conquistou a Sicília e depois o reino de Nápoles, até então sob o domínio dos Bourbons. Conquistou ainda a Umbria e Marcas e no reino sulista das Duas Sicílias, porém renunciou aos territórios conquistados, cedendo-os ao rei de Piemonte, Vítor Emanuel II. Liderou uma nova expedição contra as forças austríacas (1862) e depois dirigiu suas tropas contra os Estados Pontifícios, convencido de que Roma deveria ser a capital do recém-criado estado italiano. Na batalha de Aspromonte foi ferido e aprisionado, mas logo libertado. Participou depois da expedição para a anexação de Veneza. Em sua última campanha, lutou ao lado dos franceses (1870-1871), na guerra franco-prussiana. Participou da batalha de Nuits-Saint-Georges e da libertação de Dijon. Por seus méritos militares foi eleito membro da Assembléia Nacional da França em Bordéus, mas voltou para a Itália elegeu-se deputado no Parlamento italiano em 1874 e recebe uma pensão vitalícia pelos serviços prestados à nação. Morre em Capri em 2 de junho de 1882.
 
 
Marechal Bento Manuel Ribeiro (1783-1855)
   
 
    Bento Manuel Ribeiro era filho do tropeiro Manuel Ribeiro de Almeida e de Ana Maria Bueno. Em 1° de dezembro de 1800 alistou-se no regimento de milícias de Rio Pardo. Fez a campanha de 1801 como soldado, acompanhado de seu irmão capitão Gabriel Ribeiro de Almeida. Comandado pelo coronel Patrício Correia da Câmara, participou da expulsão dos espanhóis de Batovi e da fortaleza de Santa Tecla.
    Participou nas campanhas da Primeira campanha cisplatina (1811-1812), como furriel, sendo promovido a tenente em 1813. Na Guerra contra Artigas iniciou servindo sob o comando do general Joaquim Xavier Curado.
    Durante a Guerra dos Farrapos trocou de lado duas vezes, terminando ao lado dos imperiais. Foi descrito como fiel da balança do conflito.
    Bento Manuel Ribeiro faleceu em Porto Alegre, em 1859, rico estancieiro. Seu túmulo se encontra na entrada do Cemitério de Uruguaiana.
    Casou-se em Caçapava do Sul a 15 de setembro de 1807 com Maria Manso da Conceição, filha de Antônio Monteiro Manso e de Ana Maria Martins. Era avô de Bento Manuel Ribeiro Carneiro Monteiro, prefeito do Distrito Federal e comandante militar.
 
 
Marechal Luís Alves de Lima e Silva, "Duque de Caxias" (1803-1880)
 
 
    Patrono do Exército, militar, nasceu na Fazenda de São Paulo, na então província do Rio de Janeiro no dia 25 de agosto de 1803, faleceu na Fazenda Santa Mônica, estação de Desengano, hoje Jiparaná, Rio de Janeiro no dia 7 de maio de 1880. Com apenas 15 anos de idade ingressou na Escola Militar tornando-se alféres, realizando com brilho o curso na Escola Militar. Obteve o posto de Tenente em 1821. Tomou parte da Campanha da Bahia lutando contra as tropas portuguesas que se negavam a reconhecer a Independência do Brasil. Seguiu para Montevidéu afim de combater Lavalleja em 1825, tendo já o posto de Capitão. Sufocou a “Brilada” em 1832. Já no Posto de Coronel em 1839, foi incumbido de governar o Maranhão, conseguindo derrotar a “Balaiada’. Regressou ao Rio de Janeiro em 1841, sendo logo solicitado para combater os revoltosos da província de São Paulo, do qual foi nomeado Vice-Presidente. Conseguiu pôr termo à Guerra dos Farrapos, depois de ter sido nomeado Presidente do Rio Grande do Sul e Comandante Chefe das Forças Armadas, que operavam naquela província; Senador em 1845. Foi nomeado para a Pasta da Guerra em 1855, e Presidente do Conselho em 1862; foi promovido a Marechal Graduado no mesmo ano. Coube a Caxias um papel incomparável na vitória dos aliados, com a eclosão da Guerra do Paraguai. Demonstrou todo o seu gênio militar quando assumiu o Comando da Campanha, no afastamento de Mitre. Após importantes vitórias, cansado e doente, retirou-se do campo de luta. Retornou ainda ao Senado e foi Conselheiro de Estado Extraordinário. Em 23 de Março de 1869, recebeu o título de Duque. O dia do seu nascimento foi consagrado ao dia do soldado brasileiro. Seu nome era Luiz Alves de Lima e Silva.
 
 
    Além desses grandes líderes, temos um heroi guarani que lutou por sua terra e seu povo: 
 
 
Sepé Tiaraju
 
 
    Sepé Tiaraju (Redução de São Luís Gonzaga, em data desconhecida — São Gabriel, 7 de fevereiro de 1756) foi um índio guerreiro guarani, considerado um santo popular brasileiro e declarado "herói guarani missioneiro rio-grandense" pela Lei nº 12.366.
    Nascido em um dos aldeamentos jesuíticos dos Sete Povos das Missões, foi batizado com o nome latino cristão de Joseph. Bom combatente e estrategista, tornou-se líder das milícias indígenas que atuaram contra as tropas luso-brasileira e espanhola na chamada Guerra Guaranítica.
    Tal conflito inscreve-se no contexto histórico das demarcações decorrentes da assinatura do Tratado de Madrid (1750), que exigiu a retirada da população guarani aldeada pelos missionários jesuítas do território que ocupava, havia cerca de 150 anos. A posse da região ainda seria objeto do Tratado de Santo Ildefonso (1777) e do Tratado de Badajoz (1801).
    Viviam na região dos Sete Povos das Missões aproximadamente trinta mil guaranis.    Somando-se os do Paraguai e da Argentina, alcançaram um total estimado de oitenta mil indígenas evangelizados, que habitavam em aldeias planejadas, organizadas e conduzidas como verdadeiras cidades. O interesse luso-brasileiro por esta extensa região deveu-se, além da posse territorial, ao gigantesco rebanho de gado, o maior das Américas, mantido por esses mesmos indígenas.
    Pereceu em combate contra o exército espanhol na batalha de Caiboaté, às margens da Sanga da Bica, na entrada da cidade de São Gabriel, durante a invasão das forças inimigas às aldeias dos Sete Povos. Após sua morte pereceram aproximadamente 1.500 guaranis diante das armas luso-brasileiras e espanholas.
    Por seu feito, chegando a ser considerado um santo popular, virou personagem lendário do Rio Grande do Sul, e sua memória ficou registrada na literatura por Basílio da Gama no poema épico O Uraguay (1769) e por Érico Veríssimo no romance O Tempo e o Vento. É-lhe atribuída a exclamação: "Esta terra tem dono!"
    Como homenagem ao heroísmo e à coragem de Sepé Tiaraju, a rodovia RS-344 recebeu o seu nome.
    Existe também no Rio Grande do Sul o município de São Sepé, nome que reflete a devoção popular pelo herói indígena.
 
 
 
    
 
    REFERÊNCIAS:
 
        > http://www.unerj.br/blogbiblioteca/wp-content/uploads/2009/07/terrasdosul_anitagaribaldi.jpg
        > http://www.unificado.com.br/calendario/09/personagens.htm
        > http://www.sohistoria.com.br/biografias/bentogoncalves/
        > http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/MuseuJulio9.jpg
        > http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3d/David_Canabarro.jpg
        > http://www.hjobrasil.com/ordem.asp?secao=3&categoria=203&subcategoria=868&id=4298
        > http://www.infoescola.com/files/2009/08/small_giuseppe-garibaldi.jp
        > http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Bento_Manuel_Ribeiro.jpeg
        > http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_Manuel_Ribeiro
        > http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/guerra-do-paraguai/imagens/guerra-do-paraguai-3.jpg
        > http://www.e-biografias.net/biografias/duque_caxias.php
        > http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/sepe01.jpg
        > http://pt.wikipedia.org/wiki/Sep%C3%A9_Tiaraju

Tradicionalismo no Ar!

Programas de Rádio e Televisão

    Citamos abaixo, alguns dos grandes programas das rádios que transmitem e enaltecem nossas canções pelo Rio Grande e o Brasil afora : 
 
Programa: Amanhecer Riograndense.
Onde: Rádio Cultura FM - 107,7 ou no site www.fmcultura.com.br
Quando: De segunda à sexta-feira, das 6 às 8 horas.
Apresentação: Evandro Leboutte com o comentário de César Oliveira.
 
 
Programa: Procedência.
Onde: Rádiosul.net - no site www.radiosul.net e no msn radiosulnet@hotmail.com
Quando: As quintas-feiras, das 20 às 22 horas.
Apresentação: César Oliveira e Rogério Melo. 
 
 
Programa: Momento Gaudério.
Onde: Rádio Rainha FM de Bento Gonçalves - 90,9 ou no site www.radiorainha.fm.br
Quando: De segunda à sexta-feira, das 18 às 20 horas.
Apresentação: Giva Ferri.
 
 
Programa: Rainha Nativa.                              
Onde: Rádio Rainha FM de Bento Gonçalves - 90,9 ou no site www.radiorainha.fm.br
Quando: Aos domingos, das 8 às 13 horas. 
Apresentação: Giva Ferri.
 
 
Programa: Raízes.
Onde: Rádio Mais Nova Fm de Caxias do Sul - 98,5 ou no site www.maisnova.fm.br/maisnova.php
Quando: Aos domingos, a partir das 9 horas. 
Apresentação: Omair Trindade. 
 
 
Programa: Orgulho Gaúcho.
Onde: Rádio Missioneira AM de São Luiz Gonzaga - 1.010 ou no site www.radiomissioneira.com
Quando: Aos domingos, das 12 às 13 horas. 
Apresentação: Família Ortaça.
 
 
 
 
  E, gostaríamos de elencar alguns programas televisivos que valorizam a cultura gaúcha e nossos artistas:
 
Programa: Terra.
Apresentação: Omair Trindade.
Produção: Ariana Peroni.
Onde: UCS TV.
Exibição: Sábado, às 7 horas.
Horário Alternativo: Sábado, às 19h30, domingo, às 10 horas, segunda-feira, às 11 e às 18 horas.
E-mail: terra@ucs.br
 
  
   Ideal para quem cultua as tradições do Rio Grande do Sul, Terra proporciona um resgate da cultura gaúcha e apresenta os melhores intérpretes e grupos musicais do Estado como forma de valorizar as verdadeiras tradições. Num ritmo alegre e descontraído, o programa alia conhecimento, cultura e entretenimento.
   Por meio da música e da poesia, o telespectador se sente em um verdadeiro galpão de estância. Terra retrata as autênticas manifestações sul-rio-grandenses, e é dedicado aos peões e prendas que apreciam, respeitam e valorizam a cultura gaúcha.
 
 
Programa: Galpão Crioulo.
Apresentação: Antônio Augusto Fagundes e Neto Fagundes.
Produção Executiva: Fernando Alencastro.
Direção: Rosana Orlandi.
Onde: RBS TV.
Exibição: Domingos, logo após o Campo e Lavoura.
 
  
   Galpão Crioulo está sempre com a trincheira aberta na defesa de nossa cultura. É uma vitrine gigantesca e democrática para o artista que interpreta a arte mais autêntica do seu povo. A trajetória do Galpão Crioulo começou em abril de 1982. São 27 anos ininterruptos com o mesmo sucesso, o mesmo apresentador Antonio Augusto Fagundes e agora recebendo a força jovem de Neto Fagundes.
 
      
Programa: Coisas do Sul.
Apresentação: Volmir Martins.
Onde: SBT de Porto Alegre.
Exibição: Domingos, das 9 às 10 horas.
 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS:  >  http://www.acit.com.br/_comum/zoom.aspx?strFoto=noticias/674_g.jpeg
                                  >  http://www.acit.com.br/_comum/zoom.aspx?strFoto=noticias/600_g.jpg 
                  > http://www.ucs.br/ucs/cetel/ucstv/programas/prog_cultural/terra/terra
                  > http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/5606597.jpg
                                        > http://www.sbt-rs.com.br/Content/img/cds_foto.jpg
 

Danças Gaúchas

Danças

 
 
Chote Inglês
 
    Dança de salão difundido nas cidades brasileiras ao final do século XIX. Suas melodias, excutadas ao piano nos centros urbanos, chegaram a ser conhecidas no meio rural. Registramos algumas variantes de chote inglês em várias regiões do Rio Grande do Sul.
 
Chula
 
    A chula é dança de agilidade masculina ou de habilidade sapateadora, em que os executantes demonstram suas qualidades individuais.
 
Maçanico
 
   Com o nome “Maçanico” surgiu no Estado de Santa Catarina e daí passou ao nordeste e litoral do Rio Grande do Sul. É uma de nossas danças mais animadas. O nome maçanico é corruptela de maçanico, ave das lagoas.
 
Pau-de-Fitas
 
    A tese mais acertada é a do folclore argentino Carlos Veja que vê na “dança das fitas” uma sobrevivência das solenidades de cultura às árvores, tão disseminada entre os povos primitivos.
 
Pezinho
 
    O “Pézinho” constitui uma das mais simples e ao mesmo tempo uma das mais belas danças gaúchas. Como dança e como elemento de festas, foi e é ainda muito popular em Portugal e nos Açores, veio a gozar de intensa popularidade no litoral dos estados brasileiros de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
 
Caranguejo
 
    É dança grave, de pares dependentes, lembrando uma muito possível origem no minueto. No Rio Grande do Sul o primeiro registro musical foi feito por Alcides Cruz, para o “Anuário do Rio Grande do Sul”, de 1903.
 
Rancheira
 
    No Rio Grande do Sul, segundo Paixão Cortes e Babosa Lessa, a divulgação deste ritmo se deu em maior escala com o aparecimento do rádio, sendo uma versão regional da mazurca polonesa. Sua coreografia é executada de três maneiras: primeiro como uma espécie de valsa, típica da fronteira; depois, à maneira serrana, a rancheira sendo dançada com maior vitalidade, com forte marcação na primeira batida; finalmente, ela é dançada no litoral, onde sua forma mais usada é a marchadinha, ou seja, com passos duplos de terol, onde o homem empurra e puxa a mulher e onde o par se segura nos cotovelos, como a Chimarrita Balão.
 
Chamamé
 
    Ritmo originário da Argentina. O chamamê dançado por argentinos ou uruguaianos, em que a marcação também é ternária, assemelha-se à marcação da valsa, nada tem a ver com as loucuras feitas hoje em dia nos nossos bailes, onde acabaram inventando o chamachote ou choteme e, depois, na hora de dançar um chote, caminham como se fosse um chamamê.
 
 
Vanera
 
    A vanera é o ritmo mais apreciado e mais executado nos bailes gaúchos.
Ritmo afro-cubano a Habaneira influenciou vários ritmos dos paises hispano-americanos sendo difundida na Espanha.
No Rio Grande do Sul, a Vaneira ou vaneira ganhou outros nomes, de acordo com o andamento da música. Vaneirinha para ritmo lento, vaneira para ritmo moderado e vaneirão para ritmo rápido.
 
 
Valsa
 
    Ritmo que não pode faltar nas festas mais tradicionais da nossa sociedade: casamentos, aniversários, nos bailes de sarau. A valsa a muito tempo vem sendo a rainha das danças de salão.
Para o Rio Grande do Sul, a Valsa foi trazida pelos imigrantes alemães e assim como outros ritmos ganhou características regionais tanto na música quanto na dança.
 
Chimarrita
 
    O nome Chama-Rita foi introduzido pelos colonos açorianos quando da formação do Estado do Rio Grande do Sul conforme conta João Carlos Paixão Cortes e Barbosa Lessa na sua obra “Danças e Andanças da Tradição Gaúcha”.
Pode-se chamar de Chamarra ou Chimarrita, certo mesmo é que um ritmo muito bom de se dançar.
 
 
Bugiu
 
    Pode-se chamar de Chamarra ou Chimarrita, certo mesmo é que um ritmo muito bom de se dançar. Essa dança lembra a vida simples da Campanha,e tornou-se um verdadeiro livro popular gaúcho. O ronco de cada gaita simboliza um alegre convite para as festanças populares.
 
Balaio
 
    O balaio é brasileiro e procede do Nordeste.O nome “balaio” origina-se do aspecto de cesto que moças dão as suas saias, quando o cantador diz: “moça que não tem balaio, bota a costura no chão”. Trata-se de dança sapateada e, ao mesmo tempo, dança de conjunto.
 
 
Referências:
 
http://gauchescas.blogspot.com/
http://dancasgauchas.com.br/
http://www.sougaucho.com.br/dancamusica/dancas.htm