sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Personalidades

    Agora, saberemos um pouco sobre a vida de algumas personalidades que deixaram sua marca na história do Rio Grande:
 
 
Anita Garibaldi (1821-1849)
 
 
    Heroína brasileira, nasceu em Morrinhos, SC, então município de Laguna, em 30 de agosto de 1821, filha de Bento Ribeiro de Silva e Maria Antônia de Jesus Antunes. Faleceu na Itália no dia 4 de agosto de 1849. Embora os pais de Anita fossem pobres, deram-lhe excelente educação. Casou-se em Laguna no ano de 1835 com Manuel Duarte de Aguiar. Quando surgiu a Revolução Farroupilha, deixou o seu marido e ligou-se a Giuseppe Garibaldi que a unira ao movimento.
    Deu o seu primeiro tiro de canhão, na Batalha de Laguna. Devido a oposição dos pais, Garibaldi raptou-a, indo regularizar o casamento em 26 de março de 1842, no Uruguai. Tornou-se uma companheira destemida do esposo, participando em seus combates, lutou pela unificação e libertação de Itália. Mais tarde viu-se sitiada pelas forças legalistas, conseguindo fugir. Nasceu o seu primeiro filho no dia 16 de setembro de 1840.
    Em 1847 Anita seguiu para a Itália levando seus três filhos. Reuniu-se a Garibaldi pouco depois em Nice. Tomou parte dos combates de Roma; os amotinadores foram obrigados a se retirarem em barcos de pesca, os quais a maior parte caiu em poder dos Austríacos. Porém o que conduzia o casal encalhou numa praia. Anita e Giuseppe com alguns companheiros abrigaram-se numa propriedade rural nas proximidades de Ravena. Anita teve o seu estado sensivelmente agravado pela febre tifóide, durante os combates em Roma, vindo a falecer antes de completar trinta anos de idade. Em sua memória ergueram vários monumentos no Brasil e na Itália. Seu nome de solteira: Ana Maria de Jesus Ribeiro.
 
 
Coronel Bento Gonçalves da Silva (1788-1849)
 
 
    Guerreiro durante a maior parte de sua vida, Bento Gonçalves da Silva morreu na cama. Maçom e defensor de idéias liberais, pelas quais lutou durante os quase dez anos da Revolução Farroupilha, viu, ao final de seu esforço, a vitória do poder central. Presidente da uma república, viveu a maior parte de sua vida em um Império.
    Bento Gonçalves da Silva nasceu em Triunfo, em 1788, filho de alferes. Cedo, porém, saiu de sua terra. Em 1812 foi para Serro Largo, na Banda Oriental (Uruguai), onde se estabeleceu com uma casa de negócios. Dois anos depois estava casado, com Caetana Joana Francisca Garcia. Algumas versões afirmam que, em 1811, antes de se fixar na Banda Oriental, participou do exército pacificador de D. Diego de Souza, que atuou naquela região. Essa informação, entretanto, é discutida.
    Mas, se não foi em 1811, em 1818 com certeza começou a sua atuação militar, quando participou da campanha do Uruguai (que culminaria com a anexação formal daquele país ao Brasil, em 1821, como Província Cisplatina). Aos poucos, devido à sua habilidade militar, ascendeu de posto, chegando a coronel em 1828, quando foi nomeado comandante do Quarto Regimento de Cavalaria de 1a. linha, estabelecido em Jaguarão. Passou a exercer também os postos de comandante da fronteira e da Guarda Nacional naquela região.
    Provavelmente já era maçom nessa época, pois consta que organizou várias lojas maçônicas em cidades da fronteira. É certo, contudo, que sua influência política já era grande, pois o posto de comandante da Guarda Nacional era um cargo eminentemente político.
    Em 1832 Bento foi indicado para um dos postos de maior influência que havia na província, o de comandante da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul. Isto lhe dava uma posição estratégica, que soube utilizar quando da Revolução Farroupilha: sob seu comando estavam todos os corpos da Guarda Nacional, força especial que havia sido criada em 1832 e cujo oficialato era sempre composto por membros das elites de cada região.
    Esse cargo de confiança, entretanto, não impediu que Bento continuasse dando apoio aos seus amigos uruguaios. Foi por isto que, em 1833, foi denunciado como desobediente e protetor do caudilho uruguaio Lavalleja, pelo mesmo homem que o havia indicado para o posto de comandante da Guarda Nacional, o marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, comandante de Armas da Província.
    Chamado ao Rio de Janeiro para se explicar, Bento saiu vitorioso do episódio: não voltou para a província como comandante de fronteira, mas conseguiu do regente padre Feijó - que também defendia idéias liberais - a nomeação do novo presidente da Província, Antonio Rodrigues Fernandes Braga, o mesmo homem que iria derrubar, em 1835, quando deu início à Revolução.
    De volta ao Rio Grande, continuou a defender suas idéias liberais, à medida que se afastava de Braga, denunciado pelos farrapos como prepotente e arbitrário. Eleito para a primeira Assembléia Legislativa da província, que se instalou em abril de 1835, foi apontado, logo na fala de abertura, como um dos deputados que planejava um golpe separatista, que pretendia desligar o Rio Grande do Brasil.
    A partir desse momento, a situação política na província se deteriorou. As acusações mútuas entre liberais e conservadores eram feitas pelos jornais, as sessões da Assembléia eram tumultuadas. Enquanto isto, Bento Gonçalves articulava o golpe que teve lugar no dia 19 de setembro.
    No dia 21, Bento Gonçalves entrou em Porto Alegre. Permaneceu na cidade por pouco tempo, deixando-a para comandar as tropas revolucionárias em operação na província. Exerceu esse comando até dois de outubro de 1836, quando foi preso no combate da ilha do Fanfa (em Triunfo), junto com outros líderes farrapos. Foi então enviado para a prisão de Santa Cruz e mais tarde para a fortaleza de Lage, no Rio de Janeiro, onde chegou a tentar uma fuga, da qual desistiu porque seu companheiro de cela, o também farrapo Pedro Boticário, era muito gordo, e não conseguiu passar pela janela. Transferiram-no então para o forte do Mar, em Salvador. Mesmo preso, sua influência no movimento farroupilha continuou, pois foi eleito presidente da República Rio-Grandense em 6 de novembro de 1836.
    Mas, além do apoio farroupilha, Bento contava com o da Maçonaria, de que fazia parte. Essa organização iria lhe facilitar a fuga da prisão, em setembro de 1837. Fingindo que ia tomar um banho de mar, Bento começou a nadar em frente ao forte até que, aproveitando um descuido de seus guardas, fugiu - a nado - em direção a um barco que estava à sua espera.
    Em novembro ele regressou ao Rio Grande, tendo chegado a Piratini, a então capital farroupilha, em dezembro, quando tomou posse do cargo para o qual havia sido eleito. Imediatamente, passou a presidência ao seu vice, José Mariano de Mattos, para poder comandar o exército farroupilha.
    A partir de então, sua vida seriam os combates e campanhas, embora se mantivesse como presidente. Em 1843, entretanto, resolveu renunciar ao cargo, desgostoso com as divergências que começavam a surgir entre os farrapos. Passou a presidência a José Gomes de Vasconcelos Jardim, e o comando do exército a David Canabarro, assumindo apenas um comando de tropas.
    As divisões entre os revolucionários terminaram por resultar em um desagradável episódio. Informado que Onofre Pires, um outro líder farrapo, fazia-lhe acusações, dizendo inclusive que era ladrão, Bento o desafiou para um duelo, no início de 1844. Onofre Pires foi ferido, e morreu dias depois devido a uma gangrena.
    Embora tenha iniciado as negociações de paz com Caxias, em agosto de 1844, Bento não iria concluí-las. O clima de divisão entre os farrapos continuava, e ele foi afastado das negociações pelo grupo que se lhe opunha. Desligou-se, então, definitivamente da vida pública. Passou os dois anos seguintes em sua estância, no Cristal e, já doente, foi em 1847 para a casa de José Gomes de Vasconcelos Jardim, onde morreu, de pleurisia, em julho daquele ano.
 
 
Coronel Onofre Pires da Silveira Canto (1799-1844)
 
    Combateu com o Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre pela Integridade do Rio Grande do Sul, nas guerras contra Artigas - em 1816 e 1821 -, e pela do Brasil, na Guerra Cisplatina (1825-28).
    Na Revolução Farroupilha foi dos mais ativos e atuantes coronéis. Coube-lhe comandar as forças que deram inicio à Revolução Farroupilha na noite de 19 de setembro de 1835, com o vitorioso encontro da Ponte da Azenha que criou condições para a conquista de Porto Alegre, em 20 de setembro de 1835, com a entrada nela do lider politico-militar da revolução, e seu primo, coronel Bento Gonçalves da Silva.
    Quis o destino que Onofre Pires viesse a morrer, em 3 de março de 1844 - há um ano do término da Revolução - vítima de um ferimento no antebraço direito que recebeu de Bento Gonçalves, durante o duelo que travaram no Acampamento do Exército, nas margens do rio Sarandi, a 27 de fevereiro de 1844, em Santana do Livramento.
 
 
General Antônio de Souza Netto (1803-1866)
 
   
    O General Netto prestou assinalados serviços à Integridade e a Soberania do Brasil nas guerras da Cisplatina 1825-28, contra Aguirre 1864 e da Tríplice Aliança contra o Paraguai, de 1865-66. Na Guerra do Paraguai, no comando de uma Brigada de Cavalaria Ligeira de Voluntários, fazendo a vanguarda do Exército Brasileiro, ao comando de Osório, de Uruguaiana até Tuiuti.
    Foi dos primeiros, junto com o General Osório a pisar no solo adversário, em Passo do Rosário, em 16 de abril de 1866.
    Em 24 de maio de 1866, por ocasião da batalha de Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul, desempenhou com seus cavalarianos montando cavalos amilhados, importante função tática em Potrero Pires, de grande significação para aquela vitória de nossas armas ao conter uma tentativa de envolvimento de nosso Exército.
    Na Revolução Farroupilha, foi a segunda figura militar, depois de seu grande amigo, o general Bento Gonçalves.
Iniciando a Revolução em 1835 como capitão da Guarda Nacional ascendeu, por seu valor e liderança, ao posto de general da República pela qual lutou como ninguém e sem descanso, do primeiro ao último dia, ou até a Paz de Ponche Verde que referendou, após o que foi residir no Uruguai, por ser o Império incompatível com o seu ideal.
    Foi o maior cavaleiro e tornou-se o maior líder de combate da Cavalaria da República Rio Grandense. Comandou a Brigada Liberal integrada por filhos dos atuais municípios de Piratini, Canguçu, Pedro Osório, Pinheiro Machado e Bagé, até o Pirai, no combate de Seival, de 10 de setembro de 1836, o maior feito das armas dos republicanos, que criou condições para ele proclamar a República Rio- Grandense, em 11 de setembro de 1836. Em Seival recebeu o reforço do Corpo de Lanceiros Negros recém criado.
    Seival foi um fato auspicioso que reacendeu a chama da esperança, num período extremamente adverso à Revolução Farroupilha, assinalado por derrotas frustrantes e a prisão de Bento Gonçalves, na ilha de Fanfa, em 4 de outubro de 1836, por Bento Manuel Ribeiro.
    Netto desempenhou por largo tempo, até a fuga de Bento Gonçalves da Bahia, as funções de Comandante- em- Chefe do Exército interino . E , com retorno de Bento, à liderança da Revolução as funções de Chefe do Estado- Maior do Exército da República Rio- Grandense.
 
 
General David Martins Canabarro (1796-1867)
 
 
    David Canabarro nasceu em Taquari, província do Rio Grande do Sul, em 22 de agosto de 1796, foi militar brasileiro.
    Seu nome de batismo é David José Martins, posteriormente mudou o nome, passando a se chamar David Canabarro, nome com o qual fez parte da história do Brasil e especialmente do Rio Grande do Sul, ao defender os interesses gaúchos participando da Revolução Farroupilha.
    Inicia sua vida militar na Campanha Cisplatina, em 1811. O irmão mais velho de David, Silvério, era quem deveria ir à Campanha, porém como esse era um auxiliar importante para o pai nas atividades campeiras, faria muita falta. David percebendo o fato, solicitou licença ao pai para ir em lugar do irmão, estava na época com 15 anos de idade.
    David se apresenta às forças do nobre Dom Diogo de Sousa. Quando a campanha acaba, retorna ao lar, mas volta em seguida ao combate, para Artigas (1816-1820).
Soldado combatente e bravo alcança o cargo de alferes, cargo que na época era distinto e excepcional.
    Nos anos que se seguem Canabarro vive em guerras, onde sua coragem e bravura sempre são destaque.
Participou da batalha de Itauzinho, lutando contra os cavaleiros de Lavaleja, em favor da Independência do Uruguai.
    Volta às atividades agrárias até 11 de setembro de 1835, quando é estendida por Antonio Neto a proclamação da liberdade à Província de São Pedro do Sul.
Até o final de 1836,usava ainda o seu nome de batismo, a partir de 1837, já conhecido por todos como David Canabarro, oficializa o nome com o qual entrou na História.
    Até 1845 é um dos chefes do exercito revoltoso, lutando na Guerra de Farrapos, guerra essa que formou a Republica Riograndense.
Posteriormente passa a combater ao lado de Giuseppe Garibaldi, outro grande nome da Guerra dos Farrapos.
    O sucesso das forças Farroupilhas força a retirada dos soldados do general Soares de Andréa e na terrível investida do exército de Caxias. Canabarro está no alto posto de chefe.
    No posto de chefe Canabarro enfrenta os combates de ponche Verde e Porongos. Mesmo derrotado consegue uma paz honrosa, mantendo todos os oficiais revolucionários em seus postos.
    De 1851 a 1852 realiza a campanha Platina contra Oribe e Rosas, dirige também as operações contra o exercito paraguaio na fronteira do Uruguai.
    Recebe a condecoração de Caxias de coronel comandante da 4ª divisão da campanha.
    Falece em 12 de outubro de 1967 na sua estância de Santana do Livramento, seu nome está incluído entre os mais bravos da Pátria.
 
 
Giuseppe Garibaldi (1807-1882)
 
 
    Político e militar revolucionário italiano nascido em Nice(4/7/1807), na época pertencente à Itália, em uma família de pescadores. Começa trabalhando como marinheiro e, entre 1833 e 1834, serve na Marinha do rei do Piemonte. Ali, sofre influências de Giuseppe Mazzini, líder do Risorgimento, movimento nacionalista de unificação da Itália, na época dividida em vários Estados absolutistas. Em 1834 lidera uma conspiração em Gênova, com o apoio de Mazzini. Derrotado, é obrigado a exilar-se em Marselha (1834), de lá partiu para o Rio de Janeiro, chegando (1835) e, em 1836, para o Rio Grande do Sul, onde luta ao lado dos farroupilhas na Revolta dos Farrapos e se torna mestre em guerrilha.Três anos depois, vai para Santa Catarina auxiliar os farroupilhas a conquistar Laguna. Lá conhece Ana Maria Ribeiro da Silva, conhecida como Anita Garibaldi, que deixa o marido para segui-lo.Anita destacou-se por sua bravura participando ao lado dele das campanhas no Brasil, no Uruguai e na Europa. Dirigiu as defesas de Montevidéu (1841) contra as incursões de Oribe, ex-presidente da República, então a serviço de Rosas, o ditador da Argentina. Voltou à Itália (1847) e integrou-se às tropas do papa e do rei Carlos Alberto. Regressou à Itália (1848) para lutar pela independência de seu país contra os austríacos. Derrotado, perseguido e preso, perdeu também a companheira Anita (1849), morta em batalha. Refugiou-se por cinco anos nos Estados Unidos e depois no Peru, até voltar à Europa (1854). Numa nova guerra contra a Áustria (1859), assumiu o posto de major-general e dirigiu a campanha que terminou com a anexação da Lombardia pelo Piemonte. Comandou célebres camisas vermelhas (1860-1861) que utilizando táticas de guerrilha aprendidas na América do Sul, conquistou a Sicília e depois o reino de Nápoles, até então sob o domínio dos Bourbons. Conquistou ainda a Umbria e Marcas e no reino sulista das Duas Sicílias, porém renunciou aos territórios conquistados, cedendo-os ao rei de Piemonte, Vítor Emanuel II. Liderou uma nova expedição contra as forças austríacas (1862) e depois dirigiu suas tropas contra os Estados Pontifícios, convencido de que Roma deveria ser a capital do recém-criado estado italiano. Na batalha de Aspromonte foi ferido e aprisionado, mas logo libertado. Participou depois da expedição para a anexação de Veneza. Em sua última campanha, lutou ao lado dos franceses (1870-1871), na guerra franco-prussiana. Participou da batalha de Nuits-Saint-Georges e da libertação de Dijon. Por seus méritos militares foi eleito membro da Assembléia Nacional da França em Bordéus, mas voltou para a Itália elegeu-se deputado no Parlamento italiano em 1874 e recebe uma pensão vitalícia pelos serviços prestados à nação. Morre em Capri em 2 de junho de 1882.
 
 
Marechal Bento Manuel Ribeiro (1783-1855)
   
 
    Bento Manuel Ribeiro era filho do tropeiro Manuel Ribeiro de Almeida e de Ana Maria Bueno. Em 1° de dezembro de 1800 alistou-se no regimento de milícias de Rio Pardo. Fez a campanha de 1801 como soldado, acompanhado de seu irmão capitão Gabriel Ribeiro de Almeida. Comandado pelo coronel Patrício Correia da Câmara, participou da expulsão dos espanhóis de Batovi e da fortaleza de Santa Tecla.
    Participou nas campanhas da Primeira campanha cisplatina (1811-1812), como furriel, sendo promovido a tenente em 1813. Na Guerra contra Artigas iniciou servindo sob o comando do general Joaquim Xavier Curado.
    Durante a Guerra dos Farrapos trocou de lado duas vezes, terminando ao lado dos imperiais. Foi descrito como fiel da balança do conflito.
    Bento Manuel Ribeiro faleceu em Porto Alegre, em 1859, rico estancieiro. Seu túmulo se encontra na entrada do Cemitério de Uruguaiana.
    Casou-se em Caçapava do Sul a 15 de setembro de 1807 com Maria Manso da Conceição, filha de Antônio Monteiro Manso e de Ana Maria Martins. Era avô de Bento Manuel Ribeiro Carneiro Monteiro, prefeito do Distrito Federal e comandante militar.
 
 
Marechal Luís Alves de Lima e Silva, "Duque de Caxias" (1803-1880)
 
 
    Patrono do Exército, militar, nasceu na Fazenda de São Paulo, na então província do Rio de Janeiro no dia 25 de agosto de 1803, faleceu na Fazenda Santa Mônica, estação de Desengano, hoje Jiparaná, Rio de Janeiro no dia 7 de maio de 1880. Com apenas 15 anos de idade ingressou na Escola Militar tornando-se alféres, realizando com brilho o curso na Escola Militar. Obteve o posto de Tenente em 1821. Tomou parte da Campanha da Bahia lutando contra as tropas portuguesas que se negavam a reconhecer a Independência do Brasil. Seguiu para Montevidéu afim de combater Lavalleja em 1825, tendo já o posto de Capitão. Sufocou a “Brilada” em 1832. Já no Posto de Coronel em 1839, foi incumbido de governar o Maranhão, conseguindo derrotar a “Balaiada’. Regressou ao Rio de Janeiro em 1841, sendo logo solicitado para combater os revoltosos da província de São Paulo, do qual foi nomeado Vice-Presidente. Conseguiu pôr termo à Guerra dos Farrapos, depois de ter sido nomeado Presidente do Rio Grande do Sul e Comandante Chefe das Forças Armadas, que operavam naquela província; Senador em 1845. Foi nomeado para a Pasta da Guerra em 1855, e Presidente do Conselho em 1862; foi promovido a Marechal Graduado no mesmo ano. Coube a Caxias um papel incomparável na vitória dos aliados, com a eclosão da Guerra do Paraguai. Demonstrou todo o seu gênio militar quando assumiu o Comando da Campanha, no afastamento de Mitre. Após importantes vitórias, cansado e doente, retirou-se do campo de luta. Retornou ainda ao Senado e foi Conselheiro de Estado Extraordinário. Em 23 de Março de 1869, recebeu o título de Duque. O dia do seu nascimento foi consagrado ao dia do soldado brasileiro. Seu nome era Luiz Alves de Lima e Silva.
 
 
    Além desses grandes líderes, temos um heroi guarani que lutou por sua terra e seu povo: 
 
 
Sepé Tiaraju
 
 
    Sepé Tiaraju (Redução de São Luís Gonzaga, em data desconhecida — São Gabriel, 7 de fevereiro de 1756) foi um índio guerreiro guarani, considerado um santo popular brasileiro e declarado "herói guarani missioneiro rio-grandense" pela Lei nº 12.366.
    Nascido em um dos aldeamentos jesuíticos dos Sete Povos das Missões, foi batizado com o nome latino cristão de Joseph. Bom combatente e estrategista, tornou-se líder das milícias indígenas que atuaram contra as tropas luso-brasileira e espanhola na chamada Guerra Guaranítica.
    Tal conflito inscreve-se no contexto histórico das demarcações decorrentes da assinatura do Tratado de Madrid (1750), que exigiu a retirada da população guarani aldeada pelos missionários jesuítas do território que ocupava, havia cerca de 150 anos. A posse da região ainda seria objeto do Tratado de Santo Ildefonso (1777) e do Tratado de Badajoz (1801).
    Viviam na região dos Sete Povos das Missões aproximadamente trinta mil guaranis.    Somando-se os do Paraguai e da Argentina, alcançaram um total estimado de oitenta mil indígenas evangelizados, que habitavam em aldeias planejadas, organizadas e conduzidas como verdadeiras cidades. O interesse luso-brasileiro por esta extensa região deveu-se, além da posse territorial, ao gigantesco rebanho de gado, o maior das Américas, mantido por esses mesmos indígenas.
    Pereceu em combate contra o exército espanhol na batalha de Caiboaté, às margens da Sanga da Bica, na entrada da cidade de São Gabriel, durante a invasão das forças inimigas às aldeias dos Sete Povos. Após sua morte pereceram aproximadamente 1.500 guaranis diante das armas luso-brasileiras e espanholas.
    Por seu feito, chegando a ser considerado um santo popular, virou personagem lendário do Rio Grande do Sul, e sua memória ficou registrada na literatura por Basílio da Gama no poema épico O Uraguay (1769) e por Érico Veríssimo no romance O Tempo e o Vento. É-lhe atribuída a exclamação: "Esta terra tem dono!"
    Como homenagem ao heroísmo e à coragem de Sepé Tiaraju, a rodovia RS-344 recebeu o seu nome.
    Existe também no Rio Grande do Sul o município de São Sepé, nome que reflete a devoção popular pelo herói indígena.
 
 
 
    
 
    REFERÊNCIAS:
 
        > http://www.unerj.br/blogbiblioteca/wp-content/uploads/2009/07/terrasdosul_anitagaribaldi.jpg
        > http://www.unificado.com.br/calendario/09/personagens.htm
        > http://www.sohistoria.com.br/biografias/bentogoncalves/
        > http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/MuseuJulio9.jpg
        > http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3d/David_Canabarro.jpg
        > http://www.hjobrasil.com/ordem.asp?secao=3&categoria=203&subcategoria=868&id=4298
        > http://www.infoescola.com/files/2009/08/small_giuseppe-garibaldi.jp
        > http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Bento_Manuel_Ribeiro.jpeg
        > http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_Manuel_Ribeiro
        > http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/guerra-do-paraguai/imagens/guerra-do-paraguai-3.jpg
        > http://www.e-biografias.net/biografias/duque_caxias.php
        > http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/sepe01.jpg
        > http://pt.wikipedia.org/wiki/Sep%C3%A9_Tiaraju

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